
Em Nome do Senhor Jesus?
O apóstolo Paulo disse: “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai” (Colossenses 3:17). Esse versículo ensina um princípio importantíssimo: devemos sempre agir de acordo com a autorização de Jesus.
Mas, muitas pessoas usam o nome de Jesus livremente, como se fosse uma palavra mágica. Pensam elas que a simples invocação do nome de Cristo garante os resultados que querem. Gritam o nome de Jesus para expulsar demônios, enquanto ensinam doutrinas que negam a palavra dele. Colocam o nome de Jesus em suas grandes obras, eventos sociais e festas musicais (ouvimos expressões como “futebol cristão”, “funk cristão” e “rap cristão”), mas colocar o nome de Cristo nestas atividades não significa praticar o que ele ensina. Não honramos o Senhor usando seu nome para descrever coisas que ele nunca autorizou. Exemplos bíblicos mostram que tal abuso do nome do Senhor não é a vontade de Deus.
Os sete filhos de Ceva aprenderam essa lição de um modo dramático:
“E alguns judeus, exorcistas ambulantes, tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre possessos de espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega. Os que faziam isto eram sete filhos de um judeu chamado Ceva, sumo sacerdote. Mas o espírito maligno lhes respondeu: Conheço a Jesus e sei quem é Paulo; mas vós, quem sois? E o possesso do espírito maligno saltou sobre eles, subjugando a todos, e, de tal modo prevaleceu contra eles, que, desnudos e feridos, fugiram daquela casa. Chegou este fato ao conhecimento de todos, assim judeus como gregos habitantes de Éfeso; veio temor sobre todos eles, e o nome do Senhor Jesus era engrandecido” (Atos 19:13-17).
Outras pessoas, até hoje, continuam usando o nome de Jesus de maneira errada e serão surpreendidas no juízo final.
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade” (Mateus 7:21-23).
Uma ilustração do dia a dia nos ajuda a entender uma outra maneira de invocar erradamente o nome de Jesus. Imagine que alguém vai ao banco para sacar dinheiro da minha conta. “Em nome do Dennis, eu peço esse dinheiro”, ele fala. O funcionário do banco pedirá autorização, por escrito, com a minha assinatura (cheque assinado, ou talvez uma carta em três vias autenticadas no cartório). “Ele não mandou nada disso”, a pessoa continua, “mas eu sei que o Dennis vai ficar contente com este saque”. Espere aí! O funcionário vai recusar o pedido, porque não tem prova que esta pessoa esteja agindo em meu nome. Ainda bem!
Mas muitas igrejas estão usando o nome de Jesus para descrever e justificar atividades e obras que ele nunca autorizou. Nós, como servos do Senhor, temos todo motivo para perguntar: “Onde está a autorização de Jesus para fazer tal coisa?” Muitos respondem: “Ele não a mandou, mas eu sei que Jesus vai ficar contente com esta obra”. Espere aí! Devemos rejeitar a atividade. Vem do homem, não do Senhor.
Mostramos amor e respeito pelo Senhor quando nos submetemos à palavra dele. Nunca devemos ultrapassar o que está escrito na palavra de Deus (1 Coríntios 4:6). E quem ousar ir além do que o Senhor autorizou perde a comunhão com Deus: “Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho” (2 João 9). Vamos permanecer dentro dos limites do que Jesus fala, assim fazendo tudo em nome do Senhor!
–por Dennis Allan
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